segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Panamá






Panamá


       



República do Panamá
Bandeira do Panamá
Brasão de armas do Panamá
BandeiraBrasão de armas












































































Panamá República do Panamá (em castelhano: República de Panamá), é o país mais meridional  da América Central.  Situado no istmo  que liga as Américas  do Norte e do Sul, o país faz fronteira com Costa Rica,  a oeste; Colômbia,  a sudeste; Caribe,  ao norte, e com o Oceano Pacífico  ao sul. A capital é a Cidade do Panamá.
A população  do país é formada por uma maioria de mestiços de índios e europeus. O setor econômico mais importante é o de serviços,  que abrange as atividades financeiras e as rendas obtidas com a zona de livre-comércio de Colón,  a exploração do canal e o registro de navios mercantes.
Explorado e estabelecido pelos espanhóis no século XVI, o Panamá rompeu com o Império Espanhol  em 1821 e juntou-se a união de Nova Granada e Venezuela, Equador, sob o nome da República da Grã-Colômbia.  Quando a Grã-Colômbia foi dissolvida em 1831, o país e Nova Granada, que mais tarde se tornaria a Colômbia,  permaneceram unidos. Com o apoio dos Estados Unidos,  o Panamá se separou da Colômbia em 1903, permitindo que o Canal do Panamá fosse construído pelo Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos  entre 1904 e 1914. Em 1977, foi assinado um acordo  para a transferência completa do canal dos Estados Unidos para o Panamá até o final do século XX.
A receita proveniente do canal representa hoje uma parcela significativa do PIB do país. O Panamá tem a segunda maior economia da América Central.



Etimologia

A cidade no início, posteriormente o país, o istmo e o golfo são os lugares pelos quais foi emprestado o topônimo de uma aldeia onde os índios pescavam, na periferia da cidade  fundada em 1519 com o nome de Panamá, topônimo cujo significado na língua indígena  é "abundância de peixes, árvores e borboletas". Esta é a definição oficial dada em estudos sociais e livros didáticos  aprovados pelo Ministério da Educação do Panamá.  No entanto, outros acreditam que a palavra vem da palavra bannaba, da língua kuna,  que significa "distante" ou "longe.

A grafia correta é Panamá nas língua portuguesa, castelhana, italiana e francesa  e Panama nas línguas  inglesa e alemã.  O vocábulo panamá é a designação de um tipo de chapéu  o qual fabrica-se a partir da matéria-prima das folhas de uma palmeira  endêmica de cinco países da Mesoamérica que  que são o Panamá,  a Colômbia, o Peru e o Equador,  utilizando-se, também, como sinônimo de corrupção política,  escândalo financeiro, dinheiro mal administrado dos outros ou do governo, a partir das finanças ilegais praticadas por um companhia francesa denominada Compagnie Universelle du Canal Océanique que encarregava-se de construir o canal do Panamá.

História


Primeiros povos e colonização europeia

Colonização espanhola da América.

Vasco Nunes de Balboa.

No Panamá viviam índios chibchas, caribes,  cholos e chocóes. O istmo  foi uma das primeiras terras americanas descobertas e exploradas pelos espanhóis.  Em 1501, Rodrigo de Bastidas percorreu as costas caribenhas. Cristóvão  Colombo ancorou na baía de Portobelo em 1502 e, no ano seguinte, fundou Santa María de Belén, primeiro assentamento europeu em terras continentais americanas.
Em 1508, a coroa ordenou a colonização do istmo do Panamá (Tierra Firme) e nomeou Diego de Nicuesa como primeiro governador do território, denominado Castilla de Oro. Em 1510, Nicuesa fundou o porto  de Nombre de Dios, na costa do Caribe.
Fundada em 1519 por Pedrarias Dávila,  governador da Castilla del Oro, a cidade do Panamá  logo se desenvolveu, graças ao caminho construído até Nombre de Dios. Era forçoso que o ouro do Peru , assim como o tráfego de pessoas e mercadorias entre as colônias e a metrópole, passasse pelo istmo. Uma frota ligava o porto de Callao, perto de Lima  com o do Panamá.
No século XVIII, decaiu o tráfico marítimo na área. Em 1739, a tomada de Portobello pelos  britânicos  desorganizou o movimento comercial. O Panamá passou à jurisdição do vice-reinado de Nova Granada, quando este se separou do peruano.

Grã-Colômbia



Mapa da antiga  Grã-Colômbia
Os movimentos nas colônias espanholas na América  finalmente afetaram o Panamá, que em 28 de novembro de 1821  proclamou a independência.  Poucos meses mais tarde, integrou-se à Grande Colômbia de Simon Bolívar, ao lado da Venezuela,  Colômbia e Equador,  com o nome de departamento do Istmo. Sediou pouco depois o primeiro Congresso Interamericano, convocado por Bolívar em 1826.  Em 1840 houve uma efêmera independência de 13 meses, seguida da reincorporação do território à Colômbia, como departamento do Panamá.
Em 1846, um tratado entre o governo colombiano e os Estados Unidos  permitiu a construção da ferrovia interoceânica,  para a qual se garantiu neutralidade e livre trânsito. O descobrimento de ouro na Califórnia,  em 1849, revalorizou o papel do istmo como via de comunicação entre as costas oriental e ocidental dos Estados Unidos. Seis anos mais tarde, inaugurou-se a ferrovia  uma das mais promissoras fontes de divisas do governo colombiano, que o levou a empreender múltiplas e intermináveis negociações para a construção do canal, só iniciada em 1880. A companhia encarregada do vultoso empreendimento, de capital majoritariamente francês,  interrompeu os trabalhos em 1889 e, em 1898, a obra foi definitivamente paralisada. Os Estados Unidos entraram então em negociações com a Colômbia e estabeleceram, para concluir a construção, um tratado provisório que nunca chegou a ser ratificado pelo Senado  colombiano.

Independência

Independência do Panamá.

Em 3 de novembro de 1903, um movimento separatista proclamou a independência  do Panamá em relação à Colômbia.  Os Estados Unidos  reconheceram de imediato o novo estado e enviaram forças navais que impediram a chegada de tropas colombianas para sufocar a rebelião. Quinze dias depois, foi firmado o Tratado Hay-Bunau-Varrilla,  ratificado pelo governo provisório do Panamá, e que concedia aos Estados Unidos o uso, controle e ocupação perpétua da Zona do Canal, uma faixa de 16 km de largura através do istmo.  Em 1904  reiniciaram-se as obras. O canal só foi aberto oficialmente ao tráfego em 15 de agosto de 1914. 
A constituição  de fevereiro de 1904 autorizava a intervenção das forças armadas norte-americanas em caso de desordens públicas, o que, na prática, equivalia à instauração de um protetorado. A instabilidade política motivou diversas intervenções nos primeiros decênios do século e isso, somado à alienação da Zona do Canal,  que partia em dois o território nacional, alimentou na população sentimentos de hostilidade aos Estados Unidos e um crescente nacionalismo.




Trabalhos de construção do Canal do Panamá em 1907.

Em 1924 normalizaram-se as relações entre o Panamá e a Colômbia.  Em 1936, a "política da boa vizinhança" preconizada pelo presidente estadunidense Franklin Roosevelt  permitiu um princípio de revisão do Tratado Hay-Bunau-Varillha.  Arnulfo Arias, eleito presidente em junho de 1940, aproveitou a delicada situação internacional para exigir do governo dos Estados Unidos maiores compensações pelo uso bélico da Zona do Canal e da frota de bandeira nominalmente panamenha.  Após sua queda, em 1941,  o país entrou na segunda guerra mundial, seguindo as diretrizes dos Estados Unidos, que foram autorizados a operar em bases localizadas fora da Zona do Canal.
Em 1949 Arias foi novamente eleito, mas um golpe de estado entregou o poder dois anos mais tarde a José Antonio Remón, comandante da Guarda Nacional, que firmou com o presidente estadunidense
Dwight Eisenhower  novo tratado sobre o canal, mais favorável aos interesses panamenhos.
O assassinato de Remón, em janeiro de 1955, levou aos breves mandatos presidenciais de José Ramón Guizado e Ricardo Arias Espinosa. Ernesto de la Guardia Jr. governou de  1956 e 1960  a , quando as obras financiadas pelo Banco Mundial  e a entrada de capital estrangeiro para a construção de refinarias de petróleo favoreceram o desenvolvimento do país.
Durante o mandato  de Roberto Chiari (1960-1964)  concretizou-se um programa para a erradicação de bolsões de pobreza e a extensão da previdência social a amplos setores da população. Nessa época, a Ponte das Américas,  a estrutura sobre o Canal do Panamá  que une por via terrestre o istmo, foi inaugurada em 12 de outubro de  1962.  Os distúrbios de janeiro de 1964 e o rompimento temporário das relações com os Estados Unidos levaram a nova intervenção. Marco Aurelio Robles (1964-1968) assinou novos tratados em junho de 1967.

Governo Torrijos




Invasão do Panamá pelos Estados Unidos em 1989,

Arnulfo Arias, reeleito em 1968, foi destituído pela terceira vez por um golpe de estado. Instaurou-se uma junta militar, manipulada extraoficialmente por  Omar Torrijos,  comandante da Guarda Nacional, que em 1972 se fez outorgar poderes executivos especiais por um período de seis anos. A presidência do país, desprovida pela constituição  de 1972 de parte de seus poderes políticos em favor da Guarda Nacional, entre 1972 e 1978 foi ocupada por Demetrio Lakas.
O governo de Torrijos caracterizou-se pela realização de obras públicas e pelo intervencionismo econômico e social do estado. A nível externo, aumentou a tensão com os Estados Unidos  em relação ao canal, mas a boa disposição do presidente estadunidense  Jimmy Carter  conduziu a novo acordo, firmado em setembro de 1977, pelo qual foi determinada a cessão gradual ao Panamá dos direitos estadunidenses sobre o canal e sua Zona, processo a ser completado no ano 2000.
Em 31 de julho de 1981, durante a presidência de Arístides Royo, enquanto o país atravessava séria
crise econômica.  Torrijos morreu num acidente aéreo. Foi sucedido, no comando da Guarda Nacional, por Florencio Flores e, no ano seguinte, por Rubén Darío Paredes. Ricardo de la Espriella assumiu a presidência em 1982 e renunciou em fevereiro de 1984. As eleições de 30 de maio  do mesmo ano deram o poder a Nicolás Ardito Barletta, que renunciou um ano mais tarde. Eric Delvalle, presidente desde  1985,  foi destituído pela Assembleia Nacional quando tentou cassar, em 1988, o comandante da Guarda Nacional  Manuel Antônio Noriega,  acusado por um tribunal estadunidense de participar do tráfico internacional de drogas.
Em maio de 1989 realizaram-se eleições, anuladas depois de um aparente triunfo da oposição, e Francisco Rodríguez, ligado a Noriega, foi nomeado presidente provisório. Ante a crescente oposição internacional ao regime, em dezembro Noriega foi designado dirigente máximo do país e destituído no mesmo mês por nova intervenção americana. Guillermo Endara, aparente vencedor das eleições de maio, foi declarado presidente.

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